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Eles afirmam que doentes são deixados nos corredores em macas e até cadeiras. A direção do hospital informou que conta com quadro completo de profissionais, inclusive clínicos gerais e que não existe defasagem de equipe.

Pacientes e familiares se queixam da demora no atendimento e da quantidade reduzida de médicos que trabalham no Hospital Santa Marcelina de Itaquaquecetuba. A unidade é referência para atendimento de traumas. A direção do hospital informou que conta com quadro completo de profissionais, inclusive clínicos gerais e que não existe defasagem de equipe (veja nota completa abaixo).

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“É péssimo aqui. Você fica jogado nos corredores. Oito horas fiquei esperando. Acabei saindo daqui para ir para o hospital do Itaim Paulista”, conta o auxiliar de produção Ivo Aparecido da Silva.

O desempregado César Rodrigues de Souza concorda. “A situação é critica. A pessoa está passando mal. Precisando passar no médico com urgência, desfalecendo e nada de ser atendido. É difícil, né?”

O Santa Marcelina tem 247 leitos e isso possibilita o atendimento diário a pacientes de 11 cidades da região, incluindo Guarulhos. “Um hospital desse porte, só tem um clínico geral para atender a população nesse horário e só atende os casos urgentes. Ou seja, aquele que eles acham que não é urgente é um descaso total”, reclama o motorista Netinho Soares.

Uma senhora, que não quis se identificar, contou que em um dia sentiu fortes dores na coluna e precisou de atendimento na emergência do Santa Marcelina.


Ela afirma que ficou mais de 12 horas esperando. “Ficamos das 22h até meio-dia sentada na cadeira. Ninguém fica sentada em uma cadeira. Tinha que ter uma maca, mas não tinha maca. A enfermeira falou: tem quatro pessoas na frente dela. Então, tem que ter um pouco de paciência porque não tem maca”.

Revoltado com a situação, o marido dela fez fotos com um celular. Nas imagens é possível ver os pacientes distribuídos em macas, no corredor, enquanto outros esperam ser medicados, na recepção.

“É por isso que eu me revoltei e bati as fotos para mostrar. Porque eles não estão lidando com otário, nem com trouxa. Porque as portas tudo fechada. Vocês podem ver lá que tem a sala do clínico, tudo fechada. Umas quatro, cinco portas tudo fechada.”

E essa precariedade no atendimento é confirmada por quem busca atendimento no hospital. “Eu tive que ir lá dentro pedir para ser atendida. Porque senão, não atendia”, conta a babá Lucineia dos Santos.

A direção do hospital informou que conta com quadro completo de profissionais, inclusive clínicos gerais e que não existe defasagem de equipe. Segundo a direção, os pacientes contam com sala específica para receber a medicação.

A direção explicou ainda que como a unidade atende cerca de 5 mil pacientes por mês no pronto-socorro e funciona no modelo de “porta aberta”, o fluxo dinâmico pode sobrecarregar em razão da demanda espontânea e da quantidade de pacientes levados pelo Samu e resgate.

A direção reforçou que a prioridade é para casos graves, com risco iminente de morte, mas que ninguém fica sem assistência.

Fonte Portal G1

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