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Prédios abandonados são utilizados por criminosos, segundo os moradores. Prefeitura alegou trâmites burocráticos para os trabalhos terem sido paralisados.

Obras paradas em Itaquaquecetuba retratam cenas de descaso com o dinheiro público e revoltam os moradores da cidade. Em um posto de saúde e no Centro Esportivo, o problema ocorre desde 2016.

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Na Vila Arizona, a construção do posto de saúde está parada há dois anos. A placa que indica prazo e investimento foi tirada do local, mas os moradores dizem que o trabalho começou em 2016 e, de repente, parou. O descaso com o dinheiro público já foi questionado, mas até agora sem resposta. A Prefeitura alegou problemas burocráticos e que está tentando retomar os trabalhos nos locais.

“A última informação que eu tive, inclusive foi de uma entrevista que o prefeito Mamoru deu, foi de que ele não consegue manter o local. A manutenção, funcionários, e por isso a gente questiona por que ele começa a obra, se não vai manter depois”, conta o professor Leandro Silva.

Segundo os moradores, a construção está trazendo problemas, porque o prédio abandonado é utilizado por criminosos.

“Dez horas da noite, não temos iluminação no local. Ele está totalmente abandonado, e uma pessoa indefesa, se passar aqui, é perigoso sair alguém de lá e atacar esta pessoa”, pontua o professor de informática Leandro Alves.

Djanira Mara Souza Matias faz acompanhamento médico, mas sem o posto no bairro a alternativa encontrada pela dona de casa é procurar atendimento em outras unidades, o que não é fácil.


“Eu faço tratamento no Caíque. Daqui até lá são 25 minutos a pé, porque não tem condução e não temos como ir. Eu não vejo a hora de terminar este posto que serve para mim e ao meu marido também, porque a gente tem problema de saúde”, pontua a dona de casa.

Outra obra parada na cidade é a Praça de Esporte e Cultura, no Jardim Carolina. Entrega era para ser em 2014 mas até agora nada. O investimento foi de mais de R$ 1,8 milhão e o prédio também chegou a ser levantado. Depois de dois anos, o espaço não conta mais nem com um vigia e se tornou uma área de invasão.

“A gente vê que fica aí aberto, não tem cerca nem nada. Parece que tem moradores no prédio”, conta o empresário Gilberto Tavares Junior.

Damião Ivo da Silva mora no bairro há quase 30 anos e acredita que o espaço não é apropriado para a obra. “Tinha um campo de futebol aqui que era a diversão dos jovens. Centro Cultural é lá no Centro, porque quem mora lá não vem aqui”, destacou.

Obras paradas, dinheiro público usado de maneira errada, enquanto a população continua sem os serviços e respostas. “Tem esse e outros prédios, inclusive UBS que estão na mesma situação e a gente fica vendo aí o dinheiro nosso para onde está indo”, ressaltou Gilberto Tavares.

Em nota, a Prefeitura de Itaquaquecetuba disse que em relação à unidade de saúde, a obra parou porque a empresa faliu e a demora para a retomada se deve a todo processo burocrático contratual e jurídico que envolve a situação. A administração já pediu ao Ministério da Saúde a autorização para uma nova licitação.

Já sobre a praça de esportes e cultura, a Prefeitura disse que a empresa abandonou a obra e todo o processo licitatório foi cancelado. Agora, a administração está avaliando os valores para terminar a nova licitação que foi aberta e, segundo a Prefeitura, está tomando as medidas jurídicas necessárias para a retirada dos invasores do local.

Fonte Portal G1

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