REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo
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Algumas prefeituras, porém, afirmam que ainda não receberam orientações e que, por isso, não contam com um plano de vacinação. Por enquanto nenhuma vacina foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

As cidades do Alto Tietê se preparam para imunizar mais de 350 mil idosos do grupo prioritário nas primeiras etapas da campanha de vacinação da Covid-19, de acordo com o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat). As primeiras cinco etapas, que são dos grupos prioritários, estão previstas para o período de 25 de janeiro a 22 de março.

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As prefeituras, porém, informaram ao G1 que ainda não receberam orientações ou informações do Ministério da Saúde ou da Secretaria Estadual de Saúde e que, por isso, ainda não contam com um plano de vacinação.

O consórcio informou que já solicitou à regional do Grupo de Vigilância Epidemiológica Estadual qual é a estimativa da população de indígenas, quilombolas e trabalhadores da saúde que deverá ser vacinada nas cidades do Alto Tietê. “Essas informações são fundamentais para determinar a quantidade de doses que cada cidade deverá receber. Já estamos pleiteando, também, o envio de 20% a mais de doses para suprir as eventuais perdas”, explicou Adriana Martins, coordenadora da Câmara Técnica de Saúde.

Uma das preocupações dos secretários de Saúde é o recebimento da vacina em quantidade suficiente para assegurar a aplicação das duas doses em cada indivíduo, com intervalo máximo de 21 dias para assegurar a eficácia da imunização.

“Há várias informações essenciais para os municípios que ainda aguardam respostas do Estado, como a quantidade de vacina a ser recebida e se elas serão enviadas de uma única vez ou de forma escalonada. Isso é fundamental até por conta da capacidade de armazenamento das prefeituras”, ressaltou a coordenadora.

Mesmo com a autonomia dos municípios, uma das propostas da Câmara Técnica de Saúde, que se reuniu na terça-feira (9) é a padronização dos horários de vacinação nas cidades, as quais seriam divididas em três blocos proporcionais ao porte populacional (pequeno, médio e grande). Também foram levantadas outras preocupações como o atendimento da população de outras cidades e capacidade de armazenamento dos insumos, de equipamentos refrigerados para as vacinas e de equipes de recursos humanos.

“As prefeituras já possuem expertise em campanhas de vacinação em massa, porém, essa é diferenciada e estamos nos preparando com as informações disponíveis. Aguardamos o quanto antes as orientações do Estado para finalizar as estratégias no âmbito regional”, concluiu a coordenadora Adriana.

G1 vai solicitar à Secretaria Estadual de Saúde e ao Ministério da Saúde informações sobre a imunização.


Confira os preparativos em cada cidade

Arujá

A Prefeitura de Arujá informou que aguarda a aprovação das vacinas por parte da Anvisa, assim como informações e orientações dos demais órgãos de saúde a nível estadual e federal acerca de um planejamento, como ocorre em outras campanhas de imunização. Portanto, não há, no momento, um plano de vacinação do município.

Biritiba Mirim

A Secretaria Municipal de Saúde de Biritiba Mirim afirmou nesta terça-feira (8) que, até o presente momento, não há nenhum plano de vacinação da Covid-19 definido.

Ferraz de Vasconcelos

Ferraz de Vasconcelos informou que não possui plano próprio de vacinação, pois a intenção é seguir o planejamento estadual conforme datas e grupos previstos. Disse, no entanto, que as salas de vacinação das unidades básicas de saúde (UBS) do município já estão prontas para receber as doses.

Questionada sobre a necessidade de compra de insumos, como seringas, algodão e equipamentos, a Prefeitura informou que realizará uma reunião com a equipe do Estado para definição dessas questões. Disse também que ainda não sabe quanto deve investir e se receberá verbas para isso.

Poá

A cidade de Poá informou que o cronograma de vacinação será divulgado pelo Governo do Estado. Disse também que representantes da Secretaria de Saúde aguardam por uma reunião que deve ocorrer nos próximos dias com os dirigentes estaduais, quando serão apresentados os detalhes sobre os procedimentos a serem adotados para a campanha de imunização.

Santa Isabel

A Prefeitura de Santa Isabel disse que ainda não definiu um plano de vacinação, pois aguarda orientações dos técnicos do Estado, mas destacou que possui uma rede com 11 salas de vacinação “sendo o suficiente para vacinar a população, uma vez que a vacina não chegará toda de uma vez, e sim, parcelada por faixa etária”.

Suzano

O município destacou que aguarda orientações do Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE – VIII) do Governo Estadual. Uma reunião está prevista para esta quinta-feira (10).

Suzano também que solicitou incentivos ao Ministério da Saúde para a aquisição de duas câmaras de armazenamento para as novas vacinas e que, além desse valor, também planeja a aquisição de uma terceira câmara para o estoque das doses.

A cidade informou também que possui 24 postos de saúde que atendem a população e que todas as unidades possuem sala de vacinação.

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