Estrutura liga o Jardim do Carmo ao Itaim Paulista. Prefeitura de Itaquaquecetuba e Subprefeitura do Itaim Paulista prometeram se reunir para resolver o problema.
Uma ponte interditada parcialmente há sete meses no limite entre Itaquaquecetuba e Itaim Paulista atrapalha o dia a dia de quem precisa utilizar a estrutura.
Segundo os moradores do local, a interdição da ponte foi feita sem aviso prévio. “Falta de iluminação, muito mato, direito de ir e vir. A gente não tem acesso a carro para cá. Não dá. É muito longe”, diz a autônoma Tamires dos Santos.
A Prefeitura de Itaquaquecetuba e a Subprefeitura do Itaim Paulista prometeram se reunir para resolver a situação.
A ponte liga os bairros Jardim do Carmo, em Itaquaquecetuba, e Itaim Paulista, em São Paulo. Para os moradores, a vida mudou desde outubro do ano passado, quando os tubos de concretos foram colocados no local, sem nenhuma explicação.
“Não sabemos se foi Itaquaquecetuba ou se foi São Paulo. Simplesmente interditaram. A gente não sabe o motivo, como eu falei, se foi por conta de estrutura ou o que ocasionou para eles interditarem a ponte”, conta a autônoma Maria Lidiana Melo.
A travessia também era o caminho mais curto para o motorista escolar Ricardo Womela deixar as crianças na escola. Cerca de 80% dos estudantes transportados por ele moram em Itaquaquecetuba, mas estudam no Itaim Paulista. Com a ponte bloqueada, aumentaram os gastos com combustível e o tempo de trajeto.
Hoje ele leva uns 20 minutos a mais para deixar as crianças na escola. Uma das alternativas para chegar do lado da capital é outra ponte, a uns dois quilômetros da que está bloqueada pelo concreto.
No entanto, a largura do veiculo é quase a mesma da ponte, que tem pouco mais de um palmo de ferro e concreto, já bastante danificados e sem nenhuma sustentação por baixo.
“Os pais sabem, sabem o risco, mas não têm alternativa, porque as crianças não podem faltar à escola”, conta Womela.
Na ponte que está parcialmente interditada, quem passa de moto ou a pé teme pela segurança. A universitária Juvaneide Lourenço diz temer que alguém se esconda atrás das barreiras.
“Celular sempre escondido. Nunca levo nada de valor também comigo. A gente sempre olha para ver se está vindo alguém para gente andar um pouquinho mais rápido. A gente já tem, porque a gente não vê muito policiamento do lado de cá. Então, a gente já tem essa cisma”, relata.
A interdição parcial da ponte diminuiu o fluxo de veículos e refletiu no comércio local. O comerciante José Maria Batista conta que o movimento no bar dele caiu demais.
“Em vista de antigamente, quando a ponte estava funcionando, tinha movimento. Agora o movimento sumiu cerca de 50%”, conta.
A Subprefeitura do Itaim Paulista informou que está em contato com a Prefeitura de Itaquaquecetuba para solucionar o problema relacionado à ponte interditada.
Já a Prefeitura de Itaquaquecetuba informou que a ponte está parcialmente interditada por medidas de segurança e que nessa semana engenheiros da Prefeitura de Itaquaquecetuba terão uma terão uma reunião com membros da Subprefeitura do Itaim Paulista para definir as ações que serão realizadas em parceria.
Sobre a questão do policiamento na ponte, o Diário TV questionou, mas ainda não recebeu resposta da Polícia Militar.